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Fluxo de Caixa Explícito em um Modelo de Valuation por DCF

A avaliação por Fluxo de Caixa Descontado (DCF) é uma das metodologias mais robustas e amplamente utilizadas para estimar o valor intrínseco de uma empresa. Este modelo baseia-se na premissa de que o valor de um ativo é igual ao valor presente dos fluxos de caixa futuros esperados que ele gerará. Dentro deste contexto, o fluxo de caixa explícito desempenha um papel fundamental. Este texto visa esclarecer o conceito de fluxo de caixa explícito e sua aplicação em um modelo de DCF.

fluxo de caixa explícito

O modelo DCF é utilizado para calcular o valor presente de uma empresa ou ativo, descontando os fluxos de caixa futuros a uma taxa de desconto apropriada. Este método é amplamente utilizado em finanças corporativas e análise de investimentos devido à sua capacidade de integrar várias hipóteses e projeções sobre o desempenho futuro da empresa.


Componentes do Modelo DCF

O modelo DCF pode ser dividido em duas fases principais:

  1. Período de Projeção Explícita: Este é o período durante o qual o analista faz projeções detalhadas dos fluxos de caixa. Geralmente, abrange de 5 a 10 anos, dependendo da previsibilidade dos negócios da empresa.

  2. Valor Residual: Após o período de projeção explícita, calcula-se um valor residual ou terminal, que representa o valor presente dos fluxos de caixa que a empresa gerará além do período de projeção explícita, assumindo uma taxa de crescimento constante.


O que é o Fluxo de Caixa Explícito?

O fluxo de caixa explícito refere-se aos fluxos de caixa que são projetados detalhadamente durante o período de projeção explícita. Estes fluxos de caixa são normalmente calculados a partir das demonstrações financeiras da empresa, incluindo receitas, custos, despesas operacionais, impostos, variação no capital de giro e investimentos em capital.


Como Calcular o Fluxo de Caixa Explícito:

Para calcular o fluxo de caixa explícito, o avaliador deve seguir estas etapas:

  1. Projeção de Receitas: Estimar o crescimento das receitas com base em tendências, condições de mercado e estratégias empresariais.

  2. Estimativa de Custos e Despesas: Projeção dos custos de bens vendidos (COGS), despesas operacionais (OPEX) e outras despesas necessárias.

  3. Capital de Giro: Projeção das variações no capital de giro, que inclui contas a receber, estoques, contas a pagar, salários a pagar, etc.

  4. Capex: Estimativa dos investimentos necessários em ativos fixos para sustentar o crescimento projetado.

  5. Impostos: Cálculo dos impostos diretos e indiretos projetados.

  6. Fluxo de Caixa Livre (FCL): Cálculo do FCL após projetadas todas as contas do DRE e do Balanço Patrimonial.


Conclusão

O fluxo de caixa explícito é um componente essencial do modelo de avaliação por Fluxo de Caixa Descontado (DCF). Ele fornece uma base detalhada e fundamentada para a estimativa do valor intrínseco de uma empresa, permitindo que analistas e investidores tomem decisões mais assertivas. Apesar de sua importância, a precisão das projeções de fluxo de caixa explícito depende da qualidade das informações disponíveis e das premissas utilizadas. Portanto, é fundamental realizar uma análise crítica e cuidadosa para garantir a viabilidade e precisão das estimativas.


 
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